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RELATÓRIO DE PESQUISA

Uma nova definição de resiliência: Da prontidão à reinvenção

5 MINUTOS DE LEITURA

11 junho 2025

Em resumo

  • Pesquisa da Accenture revela que, embora a resiliência esteja se recuperando e atingindo níveis pós-pandemia, as capacidades essenciais que a sustentam estão se deteriorando.

  • Há um desalinhamento conceitual na resiliência: as empresas investem em algumas capacidades, negligenciando outras, resultando em vulnerabilidades críticas.

  • Empresas que adotam uma resiliência adaptativa superam seus concorrentes em períodos de volatilidade.

Um paradoxo está surgindo

Em meio a uma série de choques corporativos, econômicos e geopolíticos, a pesquisa da Accenture mostra que a resiliência voltou aos níveis mais altos desde a pandemia.

Gráfico de linhas do Índice de resiliência da Accenture de 2018 a 2024, destacando eventos-chave, como a queda durante a pandemia em 2020, a recuperação em 2021 e os níveis atuais de resiliência no final de 2024.
Gráfico de linhas do Índice de resiliência da Accenture de 2018 a 2024, destacando eventos-chave, como a queda durante a pandemia em 2020, a recuperação em 2021 e os níveis atuais de resiliência no final de 2024.

Mas esses avanços escondem uma vulnerabilidade mais profunda. Enquanto as empresas parecem mais resilientes superficialmente, muitas estão se tornando fragmentadas, desalinhadas e estagnadas internamente.

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Resiliência fragmentada: aumenta a distância entre empresas líderes e outras

A diferença entre as empresas mais resilientes e as demais empresas está crescendo, com a última colocação cada vez mais para trás no Índice de Resiliência da Accenture.

Gráfico de linhas mostrando o Índice de Resiliência da Accenture de 2018 a 2024, comparando 10% das maiores e 10% das menores empresas em lucratividade e crescimento em relação à média da indústria.

Nossa pesquisa quantifica o que muitos líderes já percebem intuitivamente: A resiliência oferece seu maior valor em tempos de disrupção: organizações verdadeiramente resilientes superam consistentemente seus concorrentes durante períodos de alta pressão, oferecendo retorno sobre resiliência (RoRes) superior e se posicionando melhor para a reinvenção.

02

Resiliência desalinhada: um remendo, não um sistema

Apenas 4% das empresas que melhoraram sua resiliência na recuperação recente estão avançando de forma consistente em todas as dimensões — uma evidência clara de que a resiliência está mais fragmentada do que em recuperações anteriores.

Atualmente, as maiores vulnerabilidades surgem nas áreas de resiliência de talentos e resiliência operacional — as camadas fundamentais da adaptabilidade e da execução.

Gráfico de barras mostrando como a resiliência comercial, tecnológica, pessoal e operacional contribuiu para o Índice de resiliência da Accenture em quatro períodos entre 2020 e 2024.

Resiliência tecnológica – Construindo a base para a reinvenção: Desde a pandemia, a resiliência tecnológica é uma prioridade para os líderes empresariais, impulsionada pela IA, capacidades de dados, segurança cibernética e, mais recentemente, IA de última geração, inclusive arquitetura de agentes.

Resiliência comercial – Equilibrando pressão de custo e poder de precificação: A resiliência comercial está sob pressão imediata, pois as empresas devem decidir rapidamente quais custos devem absorver e quais repassar em meio ao aumento de tarifas, custos crescentes de insumos e flutuações de demanda.

Resiliência de talentos – Subestimada e enfraquecida: Na corrida pela adoção da IA generativa e de tecnologias de agentes, muitas organizações estão priorizando investimentos em tecnologia sem um foco equivalente nas pessoas. Nossa pesquisa mostra que as empresas que fortalecem tanto talentos quanto a tecnologia são quatro vezes mais propensas a alcançar um crescimento rentável a longo prazo.

Resiliência operacional – Um ponto cego crítico: Nosso índice de resiliência mostra um declínio contínuo nessa capacidade desde antes da pandemia. O novo padrão para resiliência operacional, e um desafio para muitas organizações, é a flexibilidade em tempo real para ajustar, redirecionar ou reconfigurar operações diante de mudanças repentinas.

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Resiliência estagnada: surge um novo patamar

A definição de resiliência está evoluindo rapidamente em três das quatro principais capacidades essenciais que mais impactam a resiliência empresarial em períodos de disrupção — tecnologia, pessoas e operações — à medida que novas realidades redefinem o que é necessário para manter a competitividade:

  • Tecnologia: Integração profunda das capacidades de IA generativa nos processos centrais de negócios e adoção de arquiteturas de agentes.

  • Pessoas: A eficácia da colaboração entre agentes humanos e de IA dentro de sistemas dinâmicos e aumentados.

  • Operações: Capacidade de pivotar supply chains, mudar a produção e reconfigurar parcerias rapidamente à medida que as condições mudam.
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Resiliência adaptativa para uma nova era

O futuro pertence às empresas que adotam resiliência adaptativa, tratando a volatilidade como combustível e transformando a instabilidade em impulso para o crescimento e aumento da competitividade. Para alcançá-la, as empresas precisam:

  • Reformular a volatilidade como uma vantagem estratégica, vendo a incerteza como um sinal para agir.

  • Construir modelos operacionais flexíveis não em reação às crises, mas para se antecipar a elas.

  • Investir em pessoas, não apenas em plataformas, tratando o talento como fonte de vantagem estratégica, e não como um custo a ser gerenciado.

  • Fomentar culturas que normalizem a disrupção, encarando a resiliência não como uma rede de segurança, mas como um trampolim para a inovação.

Os riscos da inação são reais. Quem abraça a resiliência adaptativa não apenas resistirá às disrupções: usará essas situações para liderar, crescer e moldar o futuro, impulsionando a reinvenção nos seus próprios termos.

Veja o panorama completo

Explore nosso relatório Redefinição de Resiliência para saber mais sobre como sua empresa pode aproveitar a disrupção por meio da construção das capacidades essenciais de resiliência que fazem a diferença para a reinvenção.

ESCRITO POR

Muqsit Ashraf

Group Chief Executive – Strategy

Rachel Barton

Senior Managing Director – Accenture Strategy

Miguel G. Torreira

Managing Director – Accenture Strategy

Tomas Castagnino

Managing Director – Economic Research, Accenture Research

Ladan Davarzani

Senior Principal – Accenture Research